sábado, 17 de outubro de 2009
"O REALEJO DIZ..."
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
"AMÉLIA QUE ERA MULHER DE VERDADE!"
Múltiplos, clitoriano, com penetração, sexo oral...
Resolveu ceder àquele homem que parecia ser o alvo perfeito para o seu sexo casual.
Ele disse:
- A hora que você quiser gata.
Mas ela só tinha uma hora, nem um minuto a mais, estava cheia de compromissos.
- Legal, pode ser hoje das 20h às 21h?
Ele recusou:
- Poxa, gata! Só uma hora? Assim fica difícil!
- DIFÍCIL? Meu amigo, será que você não consegue imaginar as coisas que podemos realizar em uma hora? Sabia que nós mulheres também gostamos de sexo sem compromisso?
Pensou:
- Esses homens não estão preparados para isso. Vestem a armadura de cafajeste para acobertarem o que realmente desejam.
PAIXÃO, ROMANCE ... (CONCHINHA).
- Na verdade querem de volta a previsibilidade da mulher.
Colocou o celular na mesa sorrindo e falou:
- AMÉLIA, SIM, QUE ERA MULHER DE VERDADE!
Saudações Balzaquianas!
AZ / JP
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
ISSO É VIVER!
Júlia sonhava com coisas simples ao lado de Pablo, como andar de bicicleta em uma tarde de domingo.
Mas Pablo insistia em carregar alguns penduricalhos, que aumentaram à distância entre os dois, o que fez o afunilamento da relação ser inevitável.
Júlia dotada de uma intuição ímpar, usou a ultima gota de sanidade que teimava em fazer morada em sua mente e, saiu de cena.
A saudade que sente de Pablo é dilacerante. Diz que gostaria de fazer o tempo andar para trás, só para ter de volta aquela sensação de amar e ser amada.
Júlia apesar de triste, sabe que essa lacuna um dia será preenchida por outras linhas amarelas.
Linhas que vão tirar essa dor embolada no meio do peito.
AZ
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
A INCOERENTE ESPERA PELAS BORBOLETAS
SUBLIME PREÇO DA LIBERDADE
Ela tinha tudo que precisava. Era independente, bonita, cheirosa e inteligente.
E já estava de saco cheio de chorar por conta de relacionamentos mal sucedidos.
Estava disposta a mudar. A usar. A deixar de ser a garota pra casar.
Começou tirando aqueles óculos. Encurtou e ajustou saias e vestidos. Afinal, aquele raio daquela lipo tinha que servir pra alguma coisa.
Comprou maquiagem nova. Perfume novo.
Mas, acima de tudo isso, mudou sua cabeça. Homem pra ela era cachorro. Todos. Seriam usados e jogados fora.
E foi um atrás do outro. Se ligavam, não eram atendidos. Ou eram, mas só quando estava a fim.
Uma noite e nada mais. Era sua regra.
E estava amando a liberdade, a libertinagem.
Tinha alvos fáceis e outros nem tanto.
Mas aqueles lindos olhos estavam teimando em não olhar para os seus. Virou desafio.
E quanto mais ficava difícil, mais ela era tentada.
Um esbarrão aqui. Um olhar ali.
Conseguiu um beijinho no rosto quando ele a cumprimentou. Arrancou um sorriso com o seu humor ácido e inteligente.
Mas ele teimava em não lhe notar como ela queria.
Era preciso mais ação.
E nisso, ela foi esquecendo os outros. Esquecendo aquela vida leviana que havia feito tão bem a sua auto-estima.
-Vem cá. Toma uma cerveja comigo.
Os olhares se fixaram pela primeira vez. E de repente só estavam eles lá.
Ele a beijou. Mas não foi um beijo comum. Era o beijo.
-O quê? Ele não vai me levar pro cantinho? Não vai me levar pra casa? Não vai querer ir pra minha casa?
O que está havendo aqui?
-Eu sei lidar com cafajestes. Aprendi. E agora vem você mudar meu roteiro?
Não estava entendendo mais nada.
Despediram-se. -Até amanhã, ele disse.
E a ansiedade que tomou conta dela era indisfarçável.
Mas o que está acontecendo aqui? E a promessa de nunca mais se apaixonar, se machucar, chorar? E a sua louca liberdade?
E foram se encontrando, se beijando, se sentindo...
Ele não era igual aos outros.
E quanto mais ela o beijava e o conhecia mais aquela sensação de estar perdendo as rédeas da sua vida lhe perseguia.
Surtou. Chorou. Quis jogar tudo pro alto.
Não conseguiu.
Entregou-se. Com cuidado, mas de corpo e alma.
E adivinha?
Não sente falta da libertinagem.
A liberdade ainda é sua.
Mas conta agora com o companheirismo.
E, acima de tudo, conta com a felicidade.
Saudações Balzaquianas
J.P.